Jennie segue a onda de lançamentos solos do BlackPink, sendo a última a lançar seu projeto solo. Entretanto, a demora valeu a pena, pois lançou o melhor dos 4 projetos solos de integrantes do BP (Alterego, Lisa; Rosie, Rosé; Amortage, Jisso). Com uma mistura de pop e R&B, Jennie prometeu entregar algo interessante e bom com os três ótimos singles antes do lançamento, mas o resto do álbum ainda sim falha nessa missão.
O lead single, “Mantra”, é um pop empoderado que canta sobre garotas lindas, característica de Jennie. A música tem um ritmo muito legal e divertido, mesmo que não seja a maior produção do álbum. O segundo single, “Love Hangover (feat. Dominic Fike)” é mais divertida — e mais sensual. Cantando sobre uma recaída com o ex pique Olivia Rodrigo, Jennie faz um dueto ótimo com Dominic Fike e mostra que Ruby não é só sobre letras rasas e produções chatas, temos letras chatas com produções divertidas.
“Like Jennie” é uma música que mistura o funk brasileiro com pop, e a melhor do álbum de longe. Com batidas e vocais poderosos, Jennie mostra que ela é a queridinha do BlackPink por um motivo: seu talento. A letra é repetitiva a beça, com 70% dela sendo o nome “Jennie”, mas ainda sim é uma farofa muito bem aproveitada.

Colaborações são uma grande parte do álbum, e “ExtraL (feat. Doechii)” é a melhor, sem dúvidas. Jennie trás a parte pop da música, com uma pegada empoderada e sensual, já Doechii trás o rap de maneira perfeita. A produção de “ExtraL” é a melhor do álbum e merece todo o reconhecimento.
“ZEN” e “start a war” são músicas que entram na mesma categoria, uma das únicas non-single boas do álbum. “ZEN” é charmosa e muito bem produzida, já “start a war” é divertida até um certo ponto, ainda sim os singles são bem melhores e mais produzidos. “Damn Right (feat. Childish Gambino & Kali Uchis)” é uma das melhores músicas do álbum, com um ritmo R&B e vocais calmos, Jennie e Kali Uchis manejam a música de maneira perfeita, até a chegada de Childish Gambino, que estraga a música em certo ponto. Ainda sim, é uma track que vale a ouvida.
“Handlebars (feat. Dua Lipa)”, o quinto single do álbum, é uma das melhores músicas. Dua Lipa faz sua participação de ouro nesse álbum, sendo um grande destaque das colaborações. O ritmo dessa música é sensual — ao mesmo tempo que é melodramática. Esse single é um grande destaque do álbum, mas infelizmente não tem tanto reconhecimento quanto as outras.

Todas as outras músicas não comentadas nessa review são extremamente entediantes e esquecíveis, mas não são ruins, apenas chatas. F.T.S., Filter, Seoul City e Twins são músicas tão meh que é difícil alguém lembrar das letras dessas músicas.
Mesmo com ótimos singles, “Ruby” de Jennie não atinge sua capacidade total e merecia ter sido mais polido antes de seu lançamento. Caso tivesse descartado algumas das últimas 5 músicas do álbum, esse trabalho seria bem mais fácil e legal de ser apreciado, mas ainda sim é um projeto muito extremo, com pessoas que odeiam e outras que amam.


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