O sétimo álbum de estúdio de Sabrina Carpenter, “Man’s Best Friend”, indicado a diversos GRAMMYs incluindo o de “Álbum do Ano” mas, infelizmente, ele não é nada agradável de se ouvir. O álbum se encaixa no gênero pop, mais especificamente em um whisper pop, que não combina com Carpenter mas, Jack Antonoff insiste até o final desses 38 minutos.
O único single lançado antes do álbum foi “Manchild”, um single com pegada mais country pop que mostra o ódio de Sabrina Carpenter por homens. Em momentos como “Won’t you let an innocent woman be? / Never heard of self-care / Half your brain just ain’t there / Man-child”, em cima de uma melodia ótima para dançar, Carpenter mostra que Jack Antonoff não está totalmente morto, ou está? Brincadeiras a parte, esse é uma (das únicas) ótimas entradas de “Man’s Best Friend” e merece aplausos, pois é surpreendente que Antonoff ainda tem esse talento.
“Tears”, o segundo single do álbum, volta para a pegada pop que Sabrina está acostumada, e é outra ótima entrada em sua discografia. Essa música é uma delícia do início ao fim, com uma pegada anos 80/90 e um clima romântico, “Tears” constrói uma atmosfera não vista em “MBF”. Já, “My Man on Willpower” abre o desastre do álbum. Mesmo que ultimamente, a carreira de Sabrina está sendo apenas flores e doces na parte crítica, nem sempre foi assim, então invés dela aproveitar esse momento de fama e aprender com o passado para fazer um ótimo álbum que marque sua carreira no legado da música, a cantora decide fazer um álbum mais corrido impossível para ter o maior número de vendas. Essa terceira música pode ser aproveitadas em alguns momentos, mas na maioria ela é apenas triste.

“Sugar Talking” é uma das poucas exceções das non-singles boas, e nem é perfeita. A música tem um toque calmo e com a mesma pegada romântica do álbum faz com que o ouvinte pense que “My Man On Willpower” foi apenas um deslize, coisa que está extremamente errada. Jack Antonoff e Carpenter tomaram a decisão do álbum ser focado em um whisper pop que simplesmente não combina com o vocal de Sabrina, e só adiciona a cereja do desastre de “Man’s Best Friend”.
Dá para ver mais desse whisper pop monstruoso em “We Almost Broke Up Again Lat Night”, que é tão ruim que dá vontade de arrancar o tímpano com uma caneta bic mordida. A sonoridade da música é tão ruim, realmente o esgoto do pop dessa década. “Nobody’s Son”, não é das piores mas, fica longe de ser boa. Essa música ainda é uma grande genérico do pop? Com certeza, mas a ponte é ótima e o refrão até que é aceitável.
“Never Getting Laid” é tão ruim que qualquer um fica sem palavras para descrever. É um paredão de coisas horríveis, os vocais, a melodia, a composição e tudo que se possa pensar. Em partes como “Baby, I’m not angry / Love you just the same / I just hope you get agoraphobia some day” mostra como as composições desse álbum são EXTREMAMENTE rasas.

“When Did You Get Hot?”, outra entrada do whisper pop, não é das piores do álbum, mas ainda fica longe de ser boa. A produção é interessante, mas não o suficiente para ser boa, e a mesma coisa acontece com os vocais. Além disso, é outra letra extremamente rasa, pior que um pires. “Go Go Juice” pode ser uma das melhores músicas do álbum, e ainda sim não passa de um 6/10, com uma pegada meio country voltando as origens de “Manchild”, ela tenta ser ótima e não consegue, mal consegue ser ok.
“Don’t Worry I’ll Make You Worry” é TÃO ruim que não irá ser comentada. House Tour é uma experiência, começa boa, vai pra ótima e termina ruim. Gostaríamos muito de entender esse tesão do Antonoff em estragar músicas com uma maestria. A última música do álbum não poderia ser mais genérica (até no título), “Goodbye” tem uma pegada saída diretamente do TikTok, como todo esse álbum. Mais uma música sobre homem, Carpenter faz essa música se tornar um poço de nada com maestria.
“Man’s Best Friend” pode ser muitas coisas, mas bom e revolucionário não é. Sabrina Carpenter conseguiu se tornar um mero produto do capitalismo em menos de 2 anos de destaque, seguindo os passos de sua mamãe T. Esse álbum é patético e não deveria ser levado a sério.


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